Segundo o presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira é nas vitórias que se deve criticar, falar e ou apontar... pois bem vou servi-me deste chavão do presidente, não para criticar mas para falar do martirio que envolve e apoguenta-me a alma.Tentarei ser curto e apontar o que ligeiramente desasossega-me a alma neste Benfica que tem-se apresentado em campo nos últimos jogos:
Nada de nada, na prática a apontar aos resultados. Nestas restantes finais, as 9 desde o jogo do wc, adepto não admite ao Benfica outro resultado que não a vitória, não admite outro resultado que não seja chegar ao fim dessas finais com os três pontos no bolso. Até agora jogamos cinco dessas nove finais..pois muito bem na prática a equipa não falhou. Com as particularidades de cada partida, o Benfica venceu as cinco! Não poderia estar mais satisfeito, em algumas dessas finais existiu mesmo alma e reacção de campeão. Houve desde o dá-me ao 35 a um enfarte...
Mas então o que ligeiramente atormenta-me a alma?
Alguns, vou chamar-lhe de coisas ou fenómenos, que estão a tornar-se demasiado repetitivos. Podemos confundi-los como sorte ou como azar. Depende sempre da perspectiva de cada um. O primeiro desses fenómenos é que estamos a entrar nos jogos demasiado desconcentrados.
Em Munique embora para outro campeonato, práticamente na primeira jogada do encontro já Éderson tinha buscar a bola ao fundo das redes. Na Luz frente ao Braga, alguém ou algo nos protegeu nos dez minutos iniciais...Em Coimbra uma entrada amorfa e golo tomado no primeiro quarto de hora do encontro. Ontem frente ao Sétubal voltámos a sofrer um golo muito cedo, aos 14 segundos...Estas desconcentrações estão a acontecer demasiadas vezes... são tudo menos "azares"!...os erros acontecem, mas algo não estará bem.
Felizmente a equipa depois tem reagido bem a estas desconcentrações de entrada.
O segundo fenómeno passa pela qualidade individual dos nossos jogadores que têm-nos "bafejado" nos instantes finais das partidas. No golo de classe do Jonas no Bessa, obtido nos descontos que deu-nos a vitória, no brilhante golo do Jimenez em Coimbra aos 86 minutos, que desbloqueou o empate que agarrava-se teimosamente ao marcador, e na intervenção corajosa e decidida de ontem do Èderson aos pés do dianteiro setubalense que evitou orgasmos lagartos e enfartes nos Benfiquistas. Sorte de tê-los por cá do nosso lado. A "sorte" dos últimos minutos que nos foi bem madrasta recentemente, tirou-nos tudo o que era nosso por direito e mérito parece que pretende saldar a sua dívida para connosco...mas nunca abusando da "sorte"...
O terceiro fenómeno que aponto, não para bater mais uma vez no ceguinho Pizzi, mas na tentativa de vê-lo dar a volta por cima, de espairecer e limpar a cabeça, e da próxima vez tenho a certeza que ele não será displicente. Em Coimbra frente à Académica e ontem na Luz frente ao Vitória bem perto do intervalo Pizzi tem duas oportunidades onde o mais díficil seria mesmo falhar o golo. Pizzi falhou, todos falham, o problema ou a essência não é essa, é sim a maneira barata e desleixada que Pizzi tentou finalizar as respectivas jogadas. Acredito no Pizzi.O Pizzi foi, é, para mim, um jogador chave da equipa. Fulcral e decisivo num momento chave da época e ao longo dela, apenas tem que refletir sobre o que passou no lance de Coimbra e no(s) lance(s) de ontem.
Carrega Pizzi...já te perdoei!
Eternamente Sport Lisboa e Benfica